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Prêmio Cérebro e Criatividade
Por Gilson Edmar, vice-reitor da UFPE
gilson.edmar@ufpr.br Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.
Em 1993, um grupo de professores ligados às neurociências resolveu criar um evento, para que a UFPE pudesse estar inserida no contexto científico da Década do Cérebro. Este grupo era formado por mim, Everton Sougey, Rubem Guedes, Raul Castro, Mário Sette, José Eulálio, Marcelo Valença, Roberto Vieira de Melo, Argentina Rosas e Geraldo Pereira, então diretor do Centro de Ciências da Saúde. O evento foi denominado Simpósio sobre o cérebro. Foi dada continuidade nas gestões de Gilson Edmar e José Thadeu Pinheiro no CCS e posteriormente ficou ligado à pós-graduação em neuropsiquiatria e ciências do comportamento, completando em 2010 a 18ª versão.
Nasceu o simpósio com uma característica múlti, inter e transdisciplinar. Os temas escolhidos durante todos estes anos refletiam a pesquisa e a prática profissional nas diversas áreas do conhecimento, mantendo sempre um elo com o cérebro.
Passada a Década do Cérebro, assim denominados pela OMS os anos 90, o Simpósio sobre o cérebro continuou a ser realizado anualmente. Logo nos primeiros anos, foi criado o Prêmio Galdino Loreto para os melhores trabalhos, um para a pesquisa básica e outro para a área clínica. A premiação vem sendo feita todos os anos, sem interrupção.
Foram vários os temas abordados em todos esses anos, citaremos alguns deles: Inteligência artificial, Cérebro e arte, Cérebro e comunicação, Cérebro e esportes, entre outros. Temas específicos da nutrição, da neurologia (epilepsia, sono, cefaleia, demências, Parkinson, AVC, TCE, neuropediatria, neurofisiologia clínica), da psiquiatria (esquizofrenia, depressão, pânico) e da neurofisiologia experimental (depressão alastrante, neurotransmissores, sistema ocular).
O Simpósio sobre o cérebro também oferece espaço para apresentação do resultado das pesquisas nessa área do conhecimento, em forma do pôster, estimulando professores e estudantes de iniciação científica.
Vários foram os mestres que proferiram palestras nas diversas versões do evento. Entre eles, são relevantes, no 1º simpósio, as palestras de Aluisio Bezerra Coutinho (Cérebro e conhecimento) e de Jarbas Maciel (Cérebro e mente). Além de inúmeros conferencistas locais, tivemos convidados de vários Estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, como os professores Jaderson Costa, Esper Cavalheiro, Regina Alvarenga, Soniza Alves, Américo Sakamoto e Norberto Cairasco, e também palestrantes internacionais.
Os organizadores do Simpósio sobre o cérebro resolveram criar um prêmio, para distinguir pessoas que se projetaram em suas diversas áreas de atuação: médica, científica, cultural ou artística. Esse prêmio foi denominado Prêmio Cérebro e Criatividade, tendo o artista plástico Francisco Brennand sido o primeiro a recebê-lo, quando do encerramento do evento, na oficina do artista pernambucano, em 1999.
Vários outros receberam a distinção: a pianista Josefina Aguiar, o teatrólogo Reinaldo Oliveira, o pianista Edson Bandeira de Mello, o jornalista José de Souza Alencar (Alex), o professor Jarbas Maciel, o artista plástico Paulo Bruscky, o escritor Ariano Suassuna, a cientista Naíde Teodósio, o poeta César Leal.
No ano de 2009, pela primeira vez foi concedido o prêmio fora do simpósio e o agraciado foi o professor Aluisio Bezerra Coutinho (in memoriam), palestrante da primeira edição do evento. Vale ressaltar que, quando foi criado o prêmio, o professor já havia falecido. Foi entregue à família durante comemorações do centenário do seu nascimento.
Ainda no ano de 2009, durante o XVII Simpósio sobre o cérebro, foram agraciados os professores Paulo Saraiva (in memoriam), Othon Bastos e Gilson Edmar. Paulo Saraiva contribuiu cientificamente para a neurofisiologia e Othon Bastos para a psiquiatria. Para mim, foi extremamente gratificante, pois, além das minhas atividades como neurologista, fiz parte da criação do simpósio e do prêmio, o que me traz uma imensa satisfação.
Em 2010, na sua 18ª edição, receberam o prêmio os professores Luiz Ataíde, Alcides Codeceira e Gildo Benício pela suas atuações profissionais, com competência e ética, no engrandecimento da neurologia pernambucana.
Publicado na edição do dia 25 de novembro do Jornal do Commercio