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Campus do Agreste abrirá curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia
O curso terá entrada anual de 40 discentes, via SISU, e está previsto para iniciar em 2022
Com uma estrutura curricular flexível e inovadora, o novo curso foi aprovado pelo Conselho do CAA
Acervo UFPE|CAA
Com uma estrutura curricular flexível e inovadora, o novo curso foi aprovado pelo Conselho do CAA
Na quarta-feira (16), o Conselho do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco aprovou o projeto do curso Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BICT), com saída para Ciências de Materiais e Matemática Aplicada. O curso terá entrada anual de 40 discentes, via SISU, e está previsto para iniciar em 2022.
A elaboração da última versão do projeto do curso foi resultado de um trabalho ostensivo realizado pela comissão interna do BICT, nos últimos dois meses. Instaurada em 2019, a referida comissão é formada pelo Núcleo Interdisciplinar de Ciências Exatas e da Natureza (NICEN), coordenadores de núcleo e cursos do Núcleo de Formação Docente (NFD) e do Núcleo de Tecnologia (NT), Coordenação de Ensino do CAA, Setor de Estudos e Assessoria Pedagógica (SEAP/CAA) e representantes da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida (Progepe).
Os trabalhos foram desenvolvidos sob a coordenação da Direção do Campus do Agreste, que instaurou Grupos de Trabalhos Temáticos (GTs) para tratar da demanda do novo curso, dos impactos deste nos demais cursos do CAA, do esforço docente e técnico, da infraestrutura necessária e da conexão do curso com as Engenharias.
O professor Manoel Guedes, diretor do CAA, explica que “o trabalho conjunto contribuiu para o fechamento do projeto, ajudando a direcioná-lo para o atendimento às normas, às demandas locais, para a saída em segundo ciclo em áreas que não impactassem as licenciaturas e engenharias já existentes no Campus, e ainda, com um dimensionamento de professores e técnicos (10 docentes e 4 técnicos) e infraestrutura enxutas que viabilizassem a sua implantação.”.
A estrutura dos Bacharelados Interdisciplinares em Ciência e Tecnologia (BICT) é baseada na formação em ciclos e pode contemplar até três ciclos em que o 1º ciclo fornece uma formação generalizada em ciência, tecnologia, saúde e humanidade, valorizando os conceitos, a ética e a cultura; o 2º ciclo fornece uma formação específica e de caráter profissional; e o 3º ciclo é destinado a formação no nível de pós-graduação. No formato proposto, o estudante poderá obter seu diploma de graduação em BICT em 3 anos e continuar sua formação no 2º ciclo, com os cursos de graduação em Ciência de Materiais e Matemática Aplicada, podendo dessa forma obter duas ou mais graduações em um menor prazo (4 ou 5 anos), ou seguir para uma pós-graduação.
Sobre a estrutura do novo curso, a professora Juliana Angeiras, coordenadora do NICEN, esclarece que “A estrutura simplificada do BICT compreende uma preocupação não apenas com a formação generalizada do discente egresso, mas também na formação profissional a níveis de graduação e pós-graduação em um ambiente propício a` inovação, pela concentração de conhecimento e de capital intelectual, e cujos estudantes sejam fontes potenciais de empreendedores e também possam ampliar a articulação entre universidade e empresas.”. A coordenadora destaca ainda que "a estrutura dinâmica permite ampliar a comunicação entre diversas áreas do conhecimento e com vários setores da sociedade, sendo uma configuração inovadora com potencial para atender efetivamente às demandas sociais especialmente em escala regional e estadual.”.
Sobre o processo de formulação do Projeto Pedagógico do Curso, Alba Marinho, chefe do SEAP, afirma que “A longa trajetória da formulação e reformulação do PPC trouxe amadurecimento e adequação, e como consequência uma proposta curricular inovadora e concisa. A organização curricular proposta oferece uma estrutura flexível que permite ao estudante moldar sua formação de acordo com suas afinidades e interesses.”
O professor Everaldo Fernandes, coordenador de Ensino do CAA, comemora a aprovação do BICT "No presente contexto histórico-social, caracterizado pela inteligência artificial e pela busca de humanismo, esta formação objetiva produzir profissionais que atuem tecnicamente em áreas de múltiplas abrangências, envolvendo tecnologias digitais, de produção, de serviços e de humanidades. Caruaru e região enriquecem-se com esta formação interdisciplinar, de caráter flexível, versátil e prática".
Manoel Guedes acredita que “Os BICTs contribuirão com a transversalidade, interdisciplinaridade e formação voltada para inovação e empreendedorismo, hoje uma marca do Campus do Agreste. Possui ainda, o potencial de fortalecer a formação básica de outros Núcleos, inova na estrutura curricular por ciclos, e futuramente, poderá ampliar as saídas para cursos tecnológicos em parceria com as engenharias do Núcleo de Tecnologia. O diretor reforça ainda que “a proposta do novo curso é mais um exemplo de que, apesar do período de cortes e restrições impostos às IFES pelo MEC, o Campus do Agreste, com o apoio da reitoria da UFPE, tem encontrado caminhos para continuar crescendo e oferecendo mais oportunidades para a região.”.