Integram os núcleos temáticos os professores Sérgio Rezende, Tânia Bacelar de Araújo e Cristiano Ramalho
Os professores Sérgio Rezende, Tânia Bacelar de Araújo e Cristiano Ramalho são os três nomes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciados pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin que vão integrar a equipe de transição do governo Lula. O anúncio foi feito por Alckmin, que coordena a equipe, nesta quarta-feira (16). Integram os núcleos temáticos governadores, ex-governadores, deputados, senadores, ex-parlamentares, ex-ministros, especialistas em diversas áreas e lideranças indígenas.
Tânia Bacelar é professora emérita da UFPE, economista e cientista social especialista em Desenvolvimento Regional com extensa contribuição em órgãos dos governos estadual e federal. Ela vai participar do núcleo temático de Desenvolvimento Regional. Atuou como diretora de Planejamento Global da Sudene (1985/86) e exerceu os seguintes cargos públicos: secretária de Planejamento de Pernambuco (1987/88), secretária da Fazenda de Pernambuco (1988/1990), diretora do Departamento de Economia da Fundaj (1990/1995), secretária de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente do Recife (2001/2002), secretária Nacional de Políticas Regionais pelo Ministério da Integração Nacional (2003) e coordenadora do Grupo de Trabalho de Recriação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) (2003).
Sérgio Machado Rezende, que vai fazer parte do grupo de Ciência, Tecnologia e Inovação, é também professor emérito da UFPE, com pesquisas na área de Física de Materiais, com ênfase em Materiais Magnéticos e Propriedades Magnéticas, atuando em física experimental e física teórica. Foi secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco (1995/98) no Governo de Miguel Arraes; secretário do Patrimônio, Ciência e Cultura da Prefeitura de Olinda (2001/02); presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia (2003/05) e ministro da Ciência e Tecnologia (2005/10). É membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciência dos Países em Desenvolvimento, da Sociedade Brasileira de Física, da American Physical Society, do Institute for Electrical and Electronic Engineers, e é membro e presidente de Honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Cristiano Wellington Noberto Ramalho é professor do Departamento de Sociologia (DS) e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS), sendo pesquisador líder do Núcleo de Estudos Humanidades, Mares e Rios (Nuhumar) da UFPE. Seus temas de estudos se vinculam às áreas de Sociologia da Pesca; Socioantropologia Marítima e Pesqueira; Sociologia do Trabalho; Sociologia Rural; e Sociologia da Natureza. Os impactos do petróleo e da covid-19 no mundo do trabalho pesqueiro são temas de suas pesquisas. É um dos responsáveis pelo projeto de extensão Vozes da Pesca Artesanal realizado pelo Nuhumar, que tem apoio do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) e foi vencedor do 1º Prêmio da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs) de Extensão Universitária no 46º Encontro Anual da Associação. É pesquisador de Produtividade do CNPq (PQ2) e conselheiro do CPP.
A indicação de Cristiano partiu dos movimentos sociais de pescadores e pescadoras do Brasil, do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) e também da Articulação Nacional das Pescadoras. A sugestão foi reforçada por pesquisadores que trabalham e refletem sobre o tema de instituições de ensino do país. De acordo com o professor, os objetivos e expectativas do grupo são construir um diagnóstico sobre a realidade da pesca no Brasil, especialmente a partir das ações do governo federal. “Todos nós sabemos que houve um desmonte no conjunto de políticas públicas voltadas para os povos e comunidades tradicionais dentre as quais se inserem as populações de pescadores artesanais”, explica Cristiano.
Cristiano informa que a equipe vai produzir subsídios, a partir desse diagnóstico, para elaboração de um relatório final que aponte o quadro atual e sugira algumas ações a serem acolhidas pelo governo Lula. “O grupo vai estar assentado nesses objetivos com o intuito de atender a essa agenda de trabalho, que inclui temas históricos e atuais, como defesa de território, politicas contra racismo ambiental, reconhecimento do trabalho feminino, políticas de educação, apoio a produção desse setor e reconhecimento do valor dessas populações para a sociedade brasileira. Essa agenda sempre será construída em conjunto com os movimentos sociais, vai ser um momento de escuta e construção coletiva”, conta Cristiano.
Os 31 grupos técnicos criados para essa fase de transição do governo são Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Assistência Social; Centro de Governo; Cidades; Ciência, Tecnologia e Inovação; Comunicações; Cultura; Defesa; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Regional; Direitos Humanos; Economia; Educação; Esporte; Igualdade Racial; Indústria, Comércio e Serviços; Infraestrutura; Inteligência Estratégica; Justiça e Segurança Pública; Meio Ambiente; Minas e Energia; Mulheres; Pesca; Planejamento, Orçamento e Gestão; Povos Originários; Previdência Social; Relações Exteriores; Saúde; Trabalho; Transparência, Integridade e Controle; e Turismo.