Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Sobre o Programa
O Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco foi pioneiro na região Nordeste. Ainda que suas atividades regulares só tenham iniciado em 1979, e seu credenciamento no Sistema de Avaliação da CAPES só tenha ocorrido em 1996, as origens do Programa remontam ao ano de 1971, com a aprovação do Curso de Especialização e do Seminário de Pesquisa Filosófica (mais tarde transformado em Mestrado em Filosofia).
Informes Informes
Estágio
Estágio
Biblioteca de Dissertações e Teses
Biblioteca de Dissertações e Teses
Acesse o Repositório UFPE, onde se pode ter acesso às dissertações e teses depositadas na UFPE.
A seguir, o link das dissertações de Mestrado em Filosofia.
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/299
A seguir, os links das teses do Doutorado Integrado em Filosofia UFPE-UFPB-UFRN (na UFPE)
Bolsas
Bolsas
Bolsas
Atualmente, o PPGFilosofia conta com 8 bolsas de Mestrado da CAPES e 4 bolsas de Mestrado da FACEPE.
- Resolução CEPE/UFPE nº 05/2022 - regulamentação geral de bolsas
- Normativa Interna - Critérios de Concessão e Manutenção de Bolsas(aprovada em 27/06/2022)
- Normativa Interna - Critérios de Concessão e Manutenção de Bolsas(aprovada em 13/06/2018)
- Regras para Concessão de Bolsas Turma 2021
- Classificação para fins de Distribuição de Bolsas Turma 2021
- Regras para concessão de Bolsas Turma 2022
- Classificação para fins de Distribuição de Bolsas Turma 2022
Disciplinas
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Tendo como área de concentração 'Filosofia', o Programa estrutura-se a partir de duas linhas de pesquisa, Filosofia Prática Contemporânea e Fenomenologia e Cognição e Hermenêutica, Ética e Política. As duas novas linhas se configuram como um catalisador efetivo e orgânico das atividades de ensino e pesquisa ligadas ao Programa, além de serem eixos de aderência dos projetos de pesquisa de nossos discentes desde o processo seletivo até a defesa. A nova estrutura do Programa foi concebida como aglutinador de pesquisas que congregam de maneira orgânica os projetos de pesquisa de seu corpo docente, o que se traduziu na fundação de três novos núcleos de pesquisa: Núcleo de Ética e Filosofia Política (NEFIPE); o Núcleo de Fenomenologia (NUFEPE); e o Núcleo "Consciência e Cognição", Grupo de Estudos Nietzsche (UFPE/UFRPE), todos cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq.
O projeto da UFPE é voltado para a ênfase interdisciplinar, e a presença da Filosofia nesse projeto também é assim pensada. O papel da formação em Filosofia é pensado tanto (1) no sentido da formação básica na pesquisa e no ensino da filosofia, em suas particularidades próprias, quanto (2) na sua relação com a pesquisa de ponta nas áreas específicas em que essa interdisciplinaridade é demandada.
Neste segundo sentido, mais especializado, o nosso Programa pretende fomentar investigações capazes de articular de modo competente a pesquisa científica teórica nas suas áreas específicas e a contribuição conceitual que é aportada pela reflexão filosófica contemporânea em torno dessas questões. Isso é exemplificado pela atuação de alguns de nossos professores em torno aos conceitos fundamentais da fenomenologia, das ciências cognitivas. Estas temáticas devem articular, no interior de nosso programa, a produção de pesquisa original e inovadora em cooperação com os programas afins da nossa universidade. O intenso diálogo entre tradições diferentes, e comumente apresentadas como opostas, para a investigação de problemas contemporâneos robustos é uma área em que o desenvolvimento da pesquisa filosófica no país é carente de desenvolvimento adequado, e na qual ela encontra, na UFPE, um ambiente ideal para o seu florescimento.
Todavia, para ser levado a bom termo, o desenvolvimento de um trabalho filosófico desse escopo depende essencialmente da existência de uma pesquisa básica em filosofia, com ela integrada, capaz de lhe dar a profundidade e a dimensão de rigor adequadas. Voltamos com isso ao ponto da vocação universalista da filosofia. Todos sabemos que, ao longo da história, a filosofia foi o manancial teórico do qual emergiram as diversas ciências modernas, com sua autonomia própria. E, por mais que tenham surgido áreas especializadas no seio da pesquisa filosófica, não é a parte menos importante da vitalidade teórica própria da filosofia o fato de ser, histórica e contemporaneamente, o locus adequado para pensar teoricamente a integração disciplinar do saber. Nesse sentido, pode-se até dizer que a filosofia, compreendida segundo sua vocação própria, é a interdisciplinaridade em si. Dizemos isso porque a formação adequada, com rigor conceitual e metodológico próprio, tanto na pesquisa de História da Filosofia quanto nas áreas de pesquisa próprias da Filosofia contemporânea, tanto em política, quanto em fenomenologia ou na filosofia analítica, e mesmo na integração entre essas áreas, conduz a uma perspectiva necessariamente interdisciplinar.
- Mestrado Acadêmico
Linha de Pesquisa 1: Filosofia Prática Contemporânea
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Érico Andrade (Pesquisador do CNPq - Bolsista de Produtividade)
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Filipe Campello (Pesquisador do CNPq - Bolsista de Produtividade)
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Sandro Sayão,
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Eduardo Nasser,
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João Evangelista,
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Richard Romeiro
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Marcos Nunes
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Rogério Saucedo
Com o intuito de estabelecer uma linha de pesquisa que tencione abarcar diferentes problemas de filosofia prática contemporânea, temos em vista uma delimitação que se concentra na investigação e análise de algumas de suas principais questões presentes em diferentes tradições filosóficas. Nesse sentido, a presente linha de pesquisa, coadunando as áreas de atuação dos docentes e da docente a ela vinculados, investiga (1) pesquisas articuladas a partir de abordagens transdisciplinares, tais como em diálogo entre a filosofia e as ciências sociais, direito, psicologia e psicanálise, neurociência, ciência da computação, etc; e (2) questões relativas à política contemporânea ligadas ao papel dos afetos e do sofrimento na sua relação com os processos de formação tanto do sujeito político quanto aos processos de subjetivação das pessoas.
Em relação a este último tema, são discutidos, por um lado, aspectos desenvolvidos no âmbito da filosofia política no seu diálogo com a psicanálise (subjetivação) e direitos humanos (justiça e formação do agente político) recorrendo a diferentes tradições filosóficas contemporâneas. No caso do primeiro tema, o diálogo da filosofia com outras disciplinas que compõem o campo das humanidades será feito com vista tanto a promover um incremento nas discussões filosóficas quanto outras áreas serão pensadas pela ótica da filosofia na sua abordagem mais contemporânea. Por conseguinte, a presente linha de pesquisa se constrói através de um diálogo amplo da filosofia com outras áreas e no interior das tradições filosóficas contemporâneas que tratam de temas tanto referentes à filosofia prática no que concerne aos processos de subjetivação e construção do sujeito político quanto no impacto de novos paradigmas na reflexão filosófica.
Assim, as pesquisas desenvolvidas pelo nosso corpo docente não apenas se organizam em torno às pesquisas que usualmente balizaram a filosofia prática, mas também as relacionam com as perspectivas e desafios mais recentes no tratamento desses problemas, tais como a reflexão sobre o impacto da tecnologia digital na subjetividade; questões éticas e políticas na sua interface com a problemática educacional, o papel dos afetos e emoções na política e nas relações de reconhecimento; implicações e políticas das ciências e os desafios da sociedade tecnológica e sobre maneiras de viver. Destacam-se ainda pesquisas encontradas nas interfaces com epistemologia social e injustiça epistêmica, bem como com a inclusão de outras epistemologias, tais como encontradas em teorias pós- e descoloniais, pensamentos ameríndios, e em abordagens que gravitam em torno das intersecções entre raça e gênero.
Linha 2: Fenomenologia e Cognição
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Marcos Silva (Pesquisador do CNPq - Bolsista de Produtividade)
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Tarik Prata,
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Sandro Sena,
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Thiago Aquino,
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Juliele Sievers,
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Sergio Farias
A linha de pesquisa “Fenomenologia e Cognição” congrega projetos de pesquisa que propõem a investigação de temas proeminentes nas tradições da Fenomenologia (como Brentano, Husserl, Heidegger, Sartre, Merleau-Ponty) e da Filosofia Analítica (como Wittgenstein, Armstrong, Searle, Papineau, Millikan, Varela, Thompson, Noe) contribuindo para o diálogo contemporâneo entre as perspectivas dessas duas tradições. Os eixos norteadores da linha são as temáticas da (a) consciência, da (b) intencionalidade, ambas de grande destaque nas duas tradições. A questão da consciência e do conhecimento de nossos estados mentais norteia estudos que abordam: a diferença entre fenômenos mentais conscientes e inconscientes, as formas paradigmáticas da experiência humana ao longo do processo de envelhecimento, a relação das ciências cognitivas com a Lógica e Inteligência Artificial, a cognição corporificada revendo o paradigma epistemológico da modernidade e o papel de experimentos de pensamento na cognição humana.
A problemática da intencionalidade em Filosofia da Mente e Filosofia da Linguagem constitui o fio condutor de pesquisas que abordam: as teorias causais da intencionalidade, a teleosemântica, a matriz enativista de cognição corporificada e as aspectos fenomenológicos de estados mentais. A linha de pesquisa visa a desenvolver investigações filosóficas, também informadas histórica e cientificamente, sobre temáticas em torno das diversas filosofias fenomenológicas e de tópicos de filosofia analítica, assim como explora as possibilidades de questionamento filosófico abertas pela relativamente recente fusão destas escolas do pensamento contemporâneo, realizando estudos históricos e sistemáticos das obras legadas pelos principais representantes dessas correntes, atentando para suas convergências e divergências fundamentais.
O repertório de questionamentos articulados em bases puramente fenomenológicas, hermenêuticas e analíticas, os quais motivam concretamente as pesquisas dos professores integrantes da presente linha, abrange desde o redimensionamento da antropologia filosofica em bases ontologico-existenciais e o questionamento fenomenológico da constituição da alteridade, intersubjetividade e suas implicações no campo ético e antropológico. Temas proeminentes aqui são: a investigação do lugar da 'natureza' e da 'corporeidade' no interior da articulação conceitua e inferencial da cognição, o exame do desenvolvimento da cognição corporificada a partir da tradição enativista e o estudo da relação íntima entre a fenomenologia, a consciência, a intencionalidade e a psicologia, tanto no sentido de delimitar seu campo de atuação diante da psicologia empírica, quanto no sentido de fornecer uma fundamentação filosófica adequada para essa ciência particular, explorando e promovendo, dessa maneira, aquela conhecida capacidade da filosofia para estabelecer uma relação produtiva com as demais esferas do saber científico que conquistaram, em suas necessárias especializações, relativa autonomia.
A linha de pesquisa também acolhe discussões em torno de problemas da filosofia teórica, pertencentes ao campo da ontologia (a problemática das categorias, a ontologia da natureza, o problema mente-corpo) e da filosofia da linguagem (teorias do significado, pragmática linguística, pressupostos ontológicos do discurso significativo). As questões específicas que congregam os docentes vinculados a esta linha de pesquisa abrangem desde o debate contemporâneo a respeito da natureza da mente (envolvendo perspectivas alternativas ao dualismo e ao fisicalismo tradicionalmente entendidos), os jogos de linguagem e exame crítico das abordagens intelectualistas e pragmatistas de atividades cognitivas à discussão sobre a natureza da lógica e da cognição com suas implicações para as ciências cognitivas. Discussões sobre a natureza da racionalidade e da normatividade em um ambiente de uma diversidade de lógicas e críticas à correção e ao alcance teóricos e práticos do materialismo e do naturalismo são também particularmente relevantes para esta linha de pesquisa.
Além dos estudos acima referidos, incentiva-se aqui pesquisas articuladas em torno de temas e conceitos clássicos da Epistemologia e da Filosofia da Ciência, sejam em conexão com a história das principais teorias ou de modo autônomo. Nessa direção, nosso corpo de pesquisadores acolhe particularmente investigações sobre as diversas escolas do ceticismo filosófico, a filosofia da linguagem contemporânea (especialmente a partir de Wittgenstein), as relações entre a linguagem e o conhecimento, o pragmatismo, os critérios e as concepções de verdade, a crítica à noção de conhecimento como crença verdadeira justificada, a naturalização da epistemologia e a sua conexão com os debates contemporâneos concernentes à filosofia da biologia e à psicologia, a justificação e a fundamentação das teorias científicas, o exame da racionalidade científica e filosófica, a natureza e a relação entre ciência e técnica e o papel dos valores cognitivos, éticos e sociais na ciência. Também têm lugar no seio desta linha de pesquisa investigações sobre a natureza da racionalidade e as teorias da argumentação, abrangendo estudos sobre lógica formal e não-formal, bem como estudos sobre as relações entre argumentação lógica e fundamentação filosófica.
Por fim, cabe ressaltar que o perfil de nossos docentes e pesquisadores permite acolher reflexões oriundas tanto da tradição filosófica dita “continental” quanto das filosofias contemporâneas vinculadas ao arsenal metodológico e conceitual da Filosofia Analítica. Nesse sentido, há espaço para discussões epistemológicas que se estendem para além da abrangência disciplinar da fenomenologia.
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
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